sábado, 28 de março de 2009

"América Proibida"...


Let me think...

América Proibida, filme explosivo, realista, alerta para um lado menos bom das vidas de todos nós, racismo, ódio mas também o lado bom a amizade.

Começamos a ver o filme não pelo lado de quem sofre e que é perseguido, mas, sim pelo lado que quem persegue.

Edward Norton é o actor principal e encarna o papel, e muito bem feito, de Derek Vineyard um skinhead que nunca ultrapassou o facto do seu pai ter morrido ao qual assistiu, culpando desde logo todos imigrantes ( pretos, asiáticos…). Cameron Alexandre, um homem Neo Nazi vê nele um alvo perfeito, ao qual Derek começa a seguir. Cameron começa a “transforma-lo”, tornando-o num líder dos Neo Nazis daquela região. Derek começa assim a ser visto como um exemplo, ganhando respeito por todo e por todos, principalmente pelo seu irmão Danny Vyniard que segue toda a filosofia do irmão fielmente. Danny numa composição que tinha de escrever para a escola sobre um livro á escolha acaba por escrever sobre um livro escrito por Hittler.

Derek vive acreditando que existe uma raça pura, defende esse ideal até aos extremos, usando e abusando da violência. Uma das cenas em que me chocou mais e em que vê-se a brutalidade do modo como Derek defendia os seus ideais, foi numa situação em que 3 pretos numa tentativa de roubo da viatura, Derek mata um dos pretos colocando-o de boca aberta encostado contra o lancil do passeio e dando um pontapé por trás da cabeça, esta foi sem duvida uma das cenas que mais me marcou.

Com isto Derek é preso, na prisão acaba apercebendo-se que tudo aquilo que pensava está errado, isto acontece porque na prisão vê que tudo o que ele segue não é levado à letra. Ele conhece skins que pela frente apregoam ser uma coisa e depois aplicarem a lei dos interesses, e no fundo o que conta é o que se consegue em troca, independentemente da raça da pessoa. Uma das cenas que me marcou foi também a situação em que Deker sofre uma violação por parte desses skins. Ao contrário do que pensava acaba fazendo uma amizade interessante, em que ele aprende melhores valores, com um preto, companheiro de tarefas.

Sai da prisão, vem agora o maior problema para Derek, enfrentar todos aqueles que o seguem, que não vão compreender a sua nova personalidade, e o mais difícil vai ser o seu irmão. Na escola e todos vêem nele um novo Derek, para o director da escola já é um caso irremediável. Danny têm de fazer um trabalho a falar sobre o irmão. Derek começa a retirar-se da vida que tinha deixado fora da prisão e tenta abrir os olhos ao Danny e afastar-lhe da comunidade Neo Nazi.

Chega o dia em que em que danny tem de entregar o trabalho, Derek acompanha o seu irmão à escola, nesta parte do filme sente-se que irá acontecer algo trágico. Danny antes de entrar dirige-se ao Wc onde acaba morto com um tiro, por um preto. Aparece Derek abraçando o seu irmão com desespero…

O filme termina com a leitura da conclusão do trabalho que Danny iria entregar:

“Ódio não vale a pena, a vida é muito curta para estar-se sempre zangada. Não vale a pena, o Derek disse que sempre é bom terminar com uma citação (…) não somos inimigos, mas, amigos, não devemos ser inimigos, por mais que a paixão sege forte, não deve romper os nossos vínculos afectivos. As cordas místicas da memória, reviverão ao serem tocadas novamente, tão certo quanto serão tocadas pelos melhores anjos da nossa natureza.”

...Thought writing.

Pensem nisso.

3 comentários:

Silvia disse...

Esta foi a parte que mais me tocou:
"As cordas místicas da memória, reviverão ao serem tocadas novamente, tão certo quanto serão tocadas pelos melhores anjos da nossa natureza."
*.*
Realmente, não vale a pena zangas, brigas, invejas... Um dia tudo acabará.
E só quando alguém que nos é próxima morre é que damos pela sua falta.
Só quando perdemos algo é que damos conta como éramos felizes, anteriormente.
<3

Ana Frade disse...

'Ódio não vale a pena, a vida é muito curta para estar-se sempre zangada.'

Adorei ! :D

Oscarina disse...

Gostei muito do post :)

Beisinhu(NN)