terça-feira, 17 de março de 2009

O velho...


Let me think...


Bem, após um dia de ausência, senti que estaria a ser parvo em vos deixar. Sim eu sei, vocês passaram cá ontem e ficaram a pensar o que se tinha passado para o " ED " não postar nada. Mas, calma! Afinal de contas foi só um dia. Voltei, podem sentir a alegria, amizade de mim para vocês. Sei que isto está a ser uma grande seca ler isto tudo, já vou parar... Vocês pedem, eu faço!

 

Ora muito bem, neste post venho contar uma passagem um pouco, tipo nem sei bem dizer como. É o seguinte, no outro dia como é costume às sextas-feiras, fui apanhar o comboio para Aveiro, como devemos fazer, fui comprar o bilhete, e entrei na 1º carruagem. De repente entra extravagantemente um senhor dos seus 50 anos, sem o conhecer fiquei com vontade de o falar. Entrou dizendo que era professor universitário de biologia reformado, ele a dizer aquilo com tanta convicção e certeza. Eu fiquei a admirar a sua liberdade, mas as pessoas, as outras pessoas, olharam-no com risos de gozo. Para mim foi uma espécie de raiva daqueles risos sem saberem o que o senhor era realmente, um erro que muitos de nós fazemos, rir sendo o motivo de riso incompreensível, afinal de contas a nossa ignorância é a maior gargalhada.


Continuando, o velho nunca se deixou intimidar, haviam de ver a força dele, comparei-o a muitos tantos outros homens que passamos na rua e são insignificantes mas no entanto têm tesouros por mostrar. O velho, começava a meter-se com as pessoas, parecendo um louco, citando poemas improvisados, simples. Eu admirei o homem em tudo o que ele falava e como enfrentava a estranheza que era perante as outras pessoas, inibido...

Dos vários poemas que disse, só me lembro de um (que raiva não ter absorvido melhor todas as suas palavras). Desculpem desde já só me lembrar de um poema, apesar de não espelhar nem metade daquilo que citou e ensinou. “Maluco” estarão muitos de vocês a dizer neste momento, "esse velho é um maluco, porque estas a falar dele?". Aparências, atitudes não dizem o que uma determinada pessoa é ou o que algo é ou deixa de ser, mas sim os sentimentos expressados no rosto, aqueles sentimentos vividos...

 

Aqui fica o poema, estúpido, mas é o único que me lembro (grrrr), talvez vá neste poema alma sentida:

 

"...gosto muito dos teus belos e sinceros olhos

alma escondidas neles estão, mas gosto mais dos meus

porque sem estes olhos meus

não conseguiria ver esses olhos que tanto adoro..."

 

Velho culto, louco talvez, mas, valeu a pena ver como vivia a vida, apaixonado pelas suas expressões, cativou-me. Digo agora no fim que algumas pessoas ficaram igualmente cativadas, nem sabes que estou a escrever sobre ti, seu velho maluco! A sabedoria dos mais velhos!


...thought wrinting.

Pensem nisso...

2 comentários:

Anónimo disse...

Uma história fantástica Eduardo ...
Com o ar da sua graça mas, infelizmente, é uma realidade qe se encontra cada vez mais a cada virar da esquina !

Boa história ! *.*

Beijinho *

Silvia disse...

A sabedoria dos mais velhos! Nem sempre damos valor, mas no fundo é muito importante para a nossa vida!